sábado, dezembro 03, 2005

...Não podemos nos render à oligarquia...


A censura que ninguém censura



Você não serve mais pra nada.
Você não sabe dar risada.
Seus dentes não estão mais limpos.
Você acabou de ser demitido.

Agora o que é que eu vou fazer?
Sem dinheiro, sem trabalho, sem esperança.
E agora o que vai ser de mim?

Eu não existo, não pude estudar.
Eu insisto, tive que trabalhar.
Minha vida é dura, mas eu vou levando.
Sem trabalho estou desmoronando.

Agora o que é que eu vou fazer?
Sem dinheiro, sem trabalho, sem esperança.
E agora o que vai ser de mim?

Eu me aperto no buzão.
Censura hipócrita, humilhação.
Capa de chuva e guarda-chuva na mão.
Instinto assassino sou a exceção.

Agora o que é que eu vou fazer?
Sem dinheiro, sem trabalho, sem esperança.
E agora o que vai ser de mim?

Como disse um dia os Plebes.
O concreto já rachou.
Como eu mesmo disse um dia.
O meu mundo acabou.

Agora o que é que eu vou fazer?
Sem dinheiro, sem trabalho, sem esperança.
E agora o que vai ser de mim?

Verbas desviadas, futuros destruídos.
Aqui o mensalão da um prédio construído.
Políticos de merda odeiam vocês.
Novo governo, tudo outra vez.


---David Edison Julião Saragosa---