sexta-feira, maio 12, 2006

...A IMTERPRETAÇÃO MAIS LÚCIDA DE "QUANDO O SOL BATER NA JANELA DO TEU QUARTO"...

A morte


Os homens bons acorrentam-se nos próprios desejos.
Onde cada passo explica, mas não sabe o que dizer.
Somos cúmplices da violência e da falta de capacidade.
Somos cruéis como um cego que paga qualquer preço para voltar a ver.

O dia não satisfaz a vontade da lucidez.
A vida não suporta o peso da responsabilidade.
A falta de bom censo quer dizer impunidade.
Como nos mau sorrisos, o que falta é vontade.

Flores em direção ao inexplicável.
Arbustos onde as pessoas não podem ver.
A cerca viva da maldade esconde a vida.
Onde há divisão entre o bem e o mal, há uma senha que antecede a entrada.

A luta eterna é a fonte da esperança.
Onde há paz, há também a rebeldia.
Quando tudo está perdido sempre existe uma luz.
Assim dizia o rei que ainda me guia.

A solidão é o preço pago a todos aqueles que são inteligentes.
O nosso mundo canta e diz a cada dia que o mesmo irá acabar.
Fora do alcance das mãos de Deus, estamos nós, os injustos.
E cada vez mais perto do inferno aqueles que ainda acreditam na salvação.

Que a tempestade flutue longe dos meus pastos.
E que o sol brilhe cada dia mais próximo de nós, e de seu fim.
Presos, ao rabo de um cometa que há tempos não passa por aqui, estamos.
E estamos tão bem, porém, cada dia, mais próximos do fim.


David Edison Julião Saragosa